Selos

Recebi este selo da Manie do PE-DRI-NHA. Eu acompanho este blog há pouco tempo, mas pelo ínfimo contato que se tem com este adorável blog, percebe-se que o mesmo tem um potencial gigantesco :)



Regrinhas
Fazer uma lista de cinco objetivos para o próximo ano.
1. Passar direto nos dois semestres da facul.
2. Fazer novos amigos.
3. Visitar o Caio :)
4. Ler muitíssimos novos livros.
5. Ir a muitíssimas peças de teatro.

Indico para:


Recebi este selo do Douglas do Sangue e Solidão. Mas que honraria, receber um selo deste de uma pessoa que você admira. O blog do Douglas foi um dos primeiros que comecei a seguir quando entrei na comunidade. É completamente desnecessário dizer que ele é um escritor fantástico e que, com certeza estarei na fila para pegar autógrafo dele :) Muito obrigado Doug. 



Este selo tem as seguintes regras:
1. Dizer as 5 melhores coisas que aconteceram com você no ano de 2010;
2. Dizer 5 expectativas para 2011;
3. Repassar o selo a 5 blogs e avisar os respectivos donos.

As 5 melhores de 2010.
1. Passei em 6° lugar para a federal, faculdade êÊê :)
2. Passei a cuidar melhor do meu blog.
3. Ganhei a melhor (e mais descarada) cadela do mundo.
4. Estive pessoalmente com duas das cias de comédia que mais amo no mundo :) 
5. Descobri que ser feliz é muito simples. Basta querer e acreditar :)

As 5 expectativas para 2011.
Bom, já listei minhas expectativas ali em cima :)

Indico para:
Retribuo ao Doug - Sangue e Solidão

Em toda menina-mulher, uma Maria.

Enfim percebera a Maria que havia dentro de si. Reconhecera a face refletida no espelho. Descobriu-se uma menina-mulher. Menina com cheiro doce de melancia, mulher cheia de temperança.

Não se dera conta de toda a mudança ocorrida. Talvez eu tenha dormido no meio do caminho. Aliás, estaria ela acordada agora? A lucidez era algo raro e devia-se aproveitar ao máximo. 
O corpo ganhara contornos voluptuosos enquanto a inocência insistia em pairar sobre seus grandes olhos cor-de-jabuticaba. As conversas sobre o namoro das bonecas deram lugar aos aborrecimentos rotineiros do trabalho. As tardes desperdiçadas com as mãos sujas de terra molhada cederam aos impulsos consumistas de passeios no shopping. Os assaltos noturnos à geladeira perderam espaço para o computador portátil. Ao menos mantivera a paixão pelos livros. Decerto trocara Hans Christian Andersen por autores não menos complexos, como Àlvares de Azevedo, Hosseini, Poe, Rimbaud, entre tantos outros peritos no pensamento/comportamento humano. E a música. Uma biografia musical seria a vida dela. Entre bossa e sambas, metais e roquenrous. A posologia da vida pefeita.

A ingenuidade. O acreditar. Estes farão sempre parte do seu existir.

Da menina cheia de atitude.
E da mulher, transbordando em insegurança.

Perché non rinunciare?

Onde está o aprumo.
O rumo?
A forca?
Felicidade foi embora.
Tristeza também.
Largaram-me às traças.
Deixaram-me sem nenhum vintém.

Recebi da Maria, da Juh Andrade e da Isa :)

Recebi este selo da maravilhosa Maria do Nefelibata. Bem, o que dizer da Maria? Para ser bem honesta, eu não curti o blog dela logo de primeira, mas o amor é melhor assim, aos poucos. O sabor se torna mais agradável. A Maria escreve de forma estupenda. O layout é bem clean. Lindo. E eu fico muito honrada de ter recebido este selo dela :)



Agora vem as regrinhas né :)
1 - Falar 10 coisas sobre mim.
2 - Passar o selo para 10 blogs.
3 - Comunicar aos meus queridos companheiros de blog que os presenteei.

Sou extremamente contraditória.
Meu sonho quando criança era ter uma banda de rock.
Ainda sonho em lançar um livro de poesias.
Meu sonho é ter uma vinícola em Bento Gonçalves.
Tenho enormes dificuldades de relacionamento interpessoal.
Finjo ser engraçada.
Se pudesse escolher outro curso na faculdade, escolheria Comunicação Social.
Adoro cachorros.
Sou aficcionada por Joe Bonamassa.
Embora crucifique o amor, quero casar, ter filhos e uma família linda como a dos meus pais.


Agora a mais árdua das tarefas, escolher 10 blogs para receber este selo:


Finito.

Disperato

Querida Maria,

Há muito não lhe escrevo, não lhe vejo. Há muito não sinto em meus braços o seu corpo quente, seu perfume não inunda meus sentidos. Minha alma sente fala da sua aqui perto de mim. O que eu devo dizer à Sofia?  Ela não para de perguntar de você. Suplica sempre pela mesma história. A nossa história. Maria, ainda não sei o que fazer sem você. O que dizer aos outros. Não sei se consigo manter esta farsa por muito tempo. Eu não sou forte, eu nunca fui. Eu nem ao menos consigo lhe escrever sem me debulhar, mais uma vez, em lágrimas por ti.
Volte para mim, se não por mim, volte pela Sofia. Não conseguimos viver longe de você Maria. E eu não quero ter que dizer à ela que a mamãe foi morar no céu.

Do seu amigo.
Amante.
Amado.
Desesperado.

José.

Banalità

Você não notou as ruínas no caminho?

Sinto que vou quebrar.
Me partir em duas.
Três.
Ou mais.
De fato, nunca fui singular.
Optei pela pluralidade.
Na vida.
Na sorte.
Na morte.
Dualidades na escrita.
Trivialidades.
Quadrúpede por Joãos.
Josés.
Gustavos.
Manés. 

Piazza della Solitudine

No silêncio eu não ouço meus gritos.

Um dia fatídico.
Fato verídico.
Um banco.
Uma praça.
Não a nossa, mas a deles.
Cartas.
Cachaça.
Poesia.
Choro.
Decoro.
Solidão.

Sem Título

Comecei inúmeros rascunhos para esta postagem.
Nenhum deles vingou.
Talvez nunca vinguem os rascunhos.
Nunca vingue a vida.
Afinal, não é ela mais um rascunho?
A merda é que esse a gente não descarta com tanta facilidade.
Ou sim.
Ah, me ignore hoje.
Me ignore sempre.
Não te obriguei a vir aqui.
Adeus.
Por hora.

Baboseira Romântica.

A escuridão ainda é pior que essa luz cinza.


.
Ele não queria.
Aquela sorte de um amor tranquilo.
Desejava um amor problemático.
Com brigas .
Discussões.
Agressões.
E no fim.
Fazer as pazes.

Luna

Oh! Captain. My Captain!

Quando eu era criança.
Sempre me perguntava para onde ia a Lua quando era dia.
Cresci, aprendi.
Que ela só muda de lugar.
Mas prefiro ainda acreditar.
Que ela foge desta Terra.
Foge desta gente.
Deste desespero constante.
Desta agonia pungente.
O mundo na minha cabeça.
Ora, como seria?
Mais justo.
Mais cinza.
Simplicidade.
Maria.

Cervello.

Fallen cold and dead.

Ele está morto.
Ele está morto.
O meu cérebro está morto.
O pensamento se esvaiu.
Desanuviou.
Quis andar pelo caminho torto.
Tropeçou, caiu.
Morreu.

Mazembe

Não importa quão seguro você esteja.
Você sempre pode cair.


"Homenagem" ao meu time do coração.

Gatilho

Sua vida era cheia de pontos.
Pontos finais.
Já é hora de você sair de casa filho, ponto.
Não quero mais você, ponto.
Não precisamos mais dos seus serviços, ponto.
Então ele resolveu que daria o ponto definitivo.


Ponto.

Solitudine

Praying for the healing rain.
To restore my soul again.

Era um homem solitário. Gostava de sê-lo.
Havia dado tudo que podia, para si, nada restara.
Apenas a solidão.
Escrevia.
Sonetos, poemas, canções.
Dele para ela.
Dela para ele.
Em seu coração era correspondido.

Pensou tê-la visto nos olhos cor de mel que atravessavam o parque.
Chamou-a, ela não ouviu.
Gritou, ela correu.
"Você sabe que eu vou te alcançar, não fuja."

É linda a melodia que fazem as folhas secas.
Quando esmagadas com brutalidade.
"Por favor, não me machuque."
As últimas palavras de solidão.
Dela para ele.

Nostalgia sei lá que número.

Não sou mais aquela criança que sabia de tudo.
Me perdi de mim.
Me perdi no mundo.
Todo tempo me parece
torpe e despropositadamente
vão.
Vazio,
viela,
escuridão.
Decerto você tinha razão.
Eu nunca soube amar ninguém.

Um olhar da Janela

Inspirado pelo Daniel Cotrim. Obrigado.

Passamos a vida a observar o tempo.
Transcorrer pela janela.
Passos e pessoas.
Sopros de vento e de amor.
Violamos e somos violados.
Na janela.
Pela janela.
Pela luz que passa por ela.

O que você jogaria na lixeira?

Todos os dias - 
sem exceção -
jogo fora as minhas mágoas
e o meu amor.
Livro-me de maus pensamentos
e dos fantasmas
que cismam em me assombrar.
Descarto as promessas,
os sonhos -
a esperança.
E de que adianta?
Se no outro dia estão todos lá
a me importunar novamente.

Maria, a amiga da chuva.

O dia estava quente
Ela ia e vinha
Com os pés descalços
no chão de terra batida
Pra sentir a vida
Chamar a chuva
-Maria, entra que vai cair um temporal.
- Onde? Onde? De onde vem? Vai demorar?
Os olhos fechados
Rosto inclinado para cima
Ela sentiu a água escorrer por sua face
- Viu só mamãe, eu chamei e ela veio. Aposto que também estava com saudades.
Saltitando, serelepe de volta para casa
Maria respingava de lama seu uniforme
azul-menina.

Sentimentalismo

Às vezes,
gosto de esquecer que existo.
Mas só às vezes.
Afinal,
a vida não teria graça se eu não existisse nunca.

Desculpe o Transtorno.

Para melhor satisfazer suas necessidades.
Estamos em obras por tempo indeterminado.
Desculpe-nos o transtorno.
Voltamos Já.

Recompensa

Está quente aqui
Quente demais
Já disse que não gosto de calor?
Calor me entristece.
Vem chuva! Vem chuva!
Vem chegando de mansinho
Me invadindo sem pedir licença
Ai, ai...
Aí vem a chuva.

Selo Blog Amigável

Recebi este selo maravilhoso do The Bottom of The Grave, mal posso mensurar o quanto fiquei contente, e orgulhosa, por alguém gostar do que escrevo. Na verdade cada comentário, cada crítica construtiva, cada elogio que recebo pelo blog, me incentivam e me fazem vibrar como uma garotinha que acabara de ganhar seu pirulito após uma consulta no dentista. Bem, o Pedro já tem me presenteado há algum tempo com algumas ótimas leituras e agora ele me vem com essa surpresa. Ah, deixe-me falar um pouco do Pedro, com seus animais, e fantasias, seus versos e poemas, seus randoms e seu chocolate.  
Gosto de lê-lo, ponto.
É quase automático, ligo o computador, blog do Pedro (e da Paju também^^), sempre ansiosa por algo novo. Surpreendente. E nunca, nunca me frustro.
Obrigado Pedro, desculpe pelas poucas palavras de hoje, mas como já lhe disse, não consigo encontrar as corretas.

Bom, seguindo a regra, devo presentear 10 blogueiros (só??). Tarefa um tanto quanto injusta.

Gosto muito de todos estes, há muitos outros, mas infelizmente só pude escolher 10. Espero que vocês também gostem.

Sem mais.

Um corredor

Ele corria.
Corria pois era só o que sabia fazer.
Corria para matar a fome, e para não matá-la.
Ela esperava.
Esperava pois era só o que sabia fazer.
Esperava não morrer de fome, e não deixá-lo morrer.

Um dia ela cansou de esperar.
Estou indo embora.
Não, você não está.
Você finalmente morreu.

Ela pegou a mala,
atravessou o corredor.
O acertou bem em cheio.
Adeus.

Pela primeira vez na vida. 
Ele não correu.
E ainda espera que ela volte. 

Pessoal e intransferível

Há dias em que eu não quero contar casos, histórias. Essas minhas bobagens costumeiras. Às vezes eu quero falar de mim. E ser ouvida.

Eu gosto das coisas claras. Assim, como tem que ser.
E gosto de escrever. Mais que isso.
Transpor a barreira da mente e descrevê-la.
Não há utilidade para os pensamentos se permanecerem tal qual foram concebidos.
Não há valor na palavra falada, mas a escrita...
Que poder!
Não gostava de títulos. De rótulos, nerd já bastava.
Mas aprendi a associá-los, de uma maneira muito íntima aos textos.
Deixando de lado o âmbito literário, não sou muita coisa. Nada.
Pra ser honesta.
Penso diferente, mas não sou.
Todos pensam diferente.
Somos todos iguais.
Que paradoxo. Não gosto de paradoxos.
Já disse que gosto das coisas claras.
E simples.
E puras.
E inexistentes.
Mais nada.

Automatish

Inspirado pelas palavras da Paju. "Imagino-nos como pedras brutas, sendo moldadas, e nunca, NUNCA mais sendo as mesmas" Detalhes, oh preciosos detalhes.

Ele entrou no banheiro. Despiu-se.
Entrou no box, fechou a cortina. Ligou o chuveiro.
Deixou escorrer a água sobre o corpo, quem sabe assim se livrasse de seus erros, seus desejos inadequados, sua moral distorcida.
Num impulso tomou para si o sabonete e a esponja. Começou a esfregar-se freneticamente, tentando apagar as marcas da noite que passara, a sujeira de bocas imundas, de corpos desgastados e vazios. Sentia falta de mais alma, mais amor. Não encontraria nada disso nas ruas.
Pôs de volta no lugar seus insrumentos de tortura.
Enxaguou-se, a água morna lhe dava sono.
Desligou o chuveiro. Chuveiro, chuva... Ai, como eram bons os banhos de chuva.
Colocou o marcador na posição "Verão".
Ligou-o novamente.
Ah, como era agradável a água gelada lhe beijando a pele machucada. Aí vem novamente, a culpa, a mágoa, a maldita nostalgia. Em uma série de movimentos insanos ele começa puxar compulsivamente a cabeça para trás, numa tentativa vã de se desfazer de si mesmo.
Mas a chuva gelada sempre o acalma. Ele desliga o chuveiro. Pega a toalha e se seca suavemente. A pele ainda está sensível.
Sai do box e posiciona-se em frente ao espelho.
Aonde foi que me perdi? Que caminho errado tomei para me transformar neste monstro?
Ao observar seu reflexo no espelho, ele sorri.

Os olhos, ao menos os olhos, ainda guardam aquele menino que adorava tomar banho de chuva.

Submarino amarelo

O relógio marcava 22:34h no exato momento em que entrei no ônibus. A espera já havia sido demasiadamente cansativa, tendo em vista que este era um horário de fim de expediente para muitos, portanto, corri os olhos pelos poucos assentos vazios que restavam. Gosto de sentar-me à janela, sempre gostei de observar a vida fora daquele lugar asqueroso, pois, diga-se de passagem, o transporte público no Brasil é algo humilhante. Logo avistei um cantinho recôndito, esquecido. Apressei me ao passar pela roleta e corri de encontro ao cativante e nostálgico banco alto. Preparava-me para mais uma longa viagem de volta para casa recostando a cabeça na janela quando, não sei porque, perdi a concentração ao observar uma menina. "Menina..." rio-me sem motivação aparente. Ela aparentava ter no máximo 21 anos e tinha o olhar triste e desesperançoso. Parecia carregar as dores do mundo em um olhar. Desviei o olhar e tentei me ater ao movimento na rua, mas algo me intrigava sobre aquela garota. Passei toda a viagem observando-a. Ela parecia estar com os olhos colados na rua, e eu com os meus colados nela. Não nos distraimos com o sacolejo do ônibus, nem com as conversas paralelas, nem com os gritos de "Motorista, passou o ponto!!".
De repente, vejo algo brilhando em sua face e, quem dera fossem seus olhos, mas não, ela estava chorando. As lágrimas escorriam sem cessar e ela não fazia o menor esforço para contê-las. Acho que nunca havia presenciado uma cena tão emocionante em minha vida. Tive ímpetos de sair de meu lugar e ir abracá-la.
-Ela vai pensar que sou louco.
Mas e se ela só estiver precisando de um abraço, um consolo.
- Vá logo homem, deixe de ser covarde.
Eu já havia perdido a minha chance, enquanto me questionava e discutia comigo mesmo, a menina se preparava para descer. Passou uma alça da mochila após a outra, olhou no relógio, 23:13h. Levantou-se e saiu.
Na esperança de ter um instante de atenção dela, um olhar que fosse, a observei fora do ônibus. Ao passar, ela me olhou e sorriu.

Acho que no fundo ela sabia.

Ela, era eu.

Parasita

Hoje acordei excessivamente reflexiva e crítica em relação a tudo.
Às pessoas, sentimentos, prazeres e, principalmente a mim.
Tenho uma percepção muito diferente da vida, decerto cada um deveria ter a sua própria, mas em geral a grande massa divide a mesma percepção insensível, tola e fabricada.
Cresci tentando, frustradamente, materializar sentimentos e emoções que nem ao menos sei se eram reais. Hoje não acredito que tais coisas existam realmente embora ainda me negue a desistir de entender o funcionamento do cérebro humano, e quem sabe assim, ter um vislumbre, uma mágica compreensão do que seria essa medíocre existência.
Há muito venho tentando, em vão, encontrar em outras pessoas o que supostamente eu deveria ter em mim mesma: suficiência afetiva.
Na verdade fiz algumas considerações a respeito, e percebi que me assemelho a um parasita. Encontro uma vítima saudável, me uno a ela por meio de laços emocionais (seja uma simples amizade ou um relacionamento amoroso) e sugo todos os seus bons sentimentos. À propósito, não acredito em separação de bons e maus sentimentos, não vejo, em minha leiga opinião, o amor como um bom sentimento quando manipula e aprisiona. Da mesma maneira, não vejo a raiva como um sentimento ruim quando te faz abandonar a hipocrisia e dizer o que realmente pensa.
Depois que estou afetivamente satisfeita, descarto a minha vítima e sigo em busca de uma nova fonte de prazer.
Há quem diga que eu apenas não encontrei realmente o que desejo, mas acho que encontrei sim, acabei por me encontrar ao me perder assim. (sobre)Vivo , me alimentando dos outros, porque realmente não sou suficiente, não tenho nada a oferecer a ninguém, ponto.
São nesses raros momentos de lucidez, ao escrever, que relamente me sinto em paz. Dizendo a verdade a mim mesma, sem tentar me fazer acreditar em um futuro melhor. Em uma vida quiçá.

Nostalgia 2

...
Saudades daquela época
em que nada mais importava.
Éramos eu e você.
Nada mais.
...

Nostalgia

Esa noite foi estranha, sonhei com o João.
Bateu uma saudade doída.
Violenta.
Senti o seu cheiro. Seu gosto de cigarro.
Suas mão quentes.
Que saudade dos seus cachinhos.
mike,

uma vez me disseram que eu era uma pessoa forte - eu discordo.
Não existe força no cansaço, na tristeza, na dor.
Não há nada que eu faça, ou tenha feito, de que me orgulhe
e hoje minha vida se resume a mendigar atenção e carinho,
qualquer esmola para mim já basta...

Dia sem Mania

Sentimento e razão vivem dias de tempestade. Sinto amor e ódio. Quero perdoar e vingar. Quero me violentar e sair em busca do prazer, deste prazer que é desculpa para todos as fraquezas do homem e atrás do qual os covardes se escondem. E talvez assim ter anestesiada esta dor profunda, importante e verdadeira. Insuportável e indizível.
Meu coração é uma ferida aberta e, para meu castigo, sinto-me condenada por um crime que não é meu.Passo os dias a me inundar de afazeres, para não pensar. Passo as noites tentando adormecer na esperança de que não haja um novo amanhã.
Desejaria que meus pés já não pisassem mais este chão, que minha alma já tivesse partido em busca de paz. Sou humanamente incompetente para lidar com esta dor que me invade.
Lascinante e imensurável.

É tempo de Silêncio

Minhas esperas se tornaram vento
Que soprava na janela do meu ser
Levando a esperança que cantava
Fazendo o dom do tempo adormecer...

E se o sol pra mim perder o brilho
Guardes em teu peito o meu segredo:
Só nos teus braços encontrei abrigo
Só a teu lado está o meu desejo.

A falta do fim

As gotas de sangue no chão
o peso na consciência
a perda da decência
a lâmina na mão

Mas que grande bobagem

Percebi que escrevo bobagens -
há pessoas que escrevem boas bobagens -
mas as minhas bobagens
são apenas
bobagem


E eu odeio essa palavra

relato de uma tentativa de suicídio frustrada - parte1

Algumas memórias não devem se apagar, outras simplesmente não podem ser apagadas...




O ano era 2006, data e mês são irrelevantes, e por mais que eu tentasse não poderia me lembrar.

O dia não era dos melhores, acordei as 6 da mnhã como de costume, tomei um banho, vesti o uniforme da escola, penteei meus cabelos enquanto escutava o movimento da casa começar. Meus pais se levantarm as 6:30, tomaram seu respectivos banhos e às 7:20h estávamos os três saindo de casa. Não tinha ânimo nenhum naquele dia, algo estava errado, mas eu não sabia o que. Fingi que havia esquecido algo em casa e voltei. Tranquei o portão, tranquei as portas e janelas, tirei a roupa, deitei e dormi. Lembro-me vagamente de ter sonhado com o Alex, acordei, achando que ele ainda estava ali. Fiquei sentada na cama por algum tempo, tentando recobrar a consciência. Quando finalmente consegui, veio a dor, que não basta ser emocional... tem que sempre passar para o plano físico. Logo comecei a vasculhar a cesta de remédios atrás de algum analgésico. Encontrei uma caixa de Zetron. Automaticamente procurei a seção superdosagem na bula: "Uma dose superior a 600mg pode causar náuseas, dor de cabeça, vômito, alucinações e... parada cardiorrespiratória, podendo levar à óbito." Pronto, eis o que eu procurava. Comecei a calcular, se cada comprimido tinha 250mg, eu só precisava de 3 para a "overdose". Tomei, um, dois, três... nada acontecia... quatro, cinco, seis, e nada... sete, oito, nove... nada. Nada, nada... sempre nada. Voltei a dormir. Não sei ao certo quanto tempo havia se passado, mas ao acordar, me senti diferente. Caminhei em direção ao banheiro, espelho. O que vi foi no mínimo curioso, e não sei o por quê, mas não me esqueço do que vi. Parecia que a minha íris estava girando, sem controle. Em um instante, achei que meus olhos fossem explodir. Em um movimento irracional e involuntário, fechei os olhos, para que não fugissem de mim. Mas logo me lembrei..."alucinações"... "Tudo bem, está funcionando", pensei. Hora das despedidas.

chupanenê

Às vezes até, na vida é melhor, ficar bem sozinho...
(Só de vez em quando)
Pra gente saber qual é o valor de um simples carinho

Te sinto no ar
na brisa o mar
Eu quero te ver...

Pois ontem à noite
sonhando acordada
dormi com você.

To Lemon

Broken Strings ( James Morrison )

Let me hold you
For the last time
It's the last chance to feel again
But you broke me
Now I can't feel anything

When I love you
Rings so untrue
I can't even convince myself
When I'm speaking
It's the voice of someone else

Oh it tears me up
I tried to hold on but it hurts too much
I tried to forgive but it's not enough
To make it all okay

You can't play on broken strings
You can't feel anything
That your heart don't want to feel
I can't tell you something that ain't real

Oh the truth hurts
And lies worse
How can I give anymore
And I love you a little less than before

Oh what are we doing
We are turning into dust
Playing house in the ruins of us

Running back through the fire
When there's nothing left to say
It's like chasing the very last train
When it's too late

It's too late
lemon,
não sei me desplugar de você — quebrar a sintonia, me bastar. vai ver é o amor que não obedece aos sentidos — o liga e desliga da vida. desse jeito, fica cada vez mais difícil burlar o destino — pra me doar a novos experimentos. a conexão falha. o olhar se embaralha. e eu morro um pouco mais — de novo.
charlie,
estou cansada — visivelmente sem forças, inerte.
cansada pra vida. cansada pra novos movimentos iguais.
até a escrita em relevo, marcando o verso da lauda, tem estado apagada —
em tom de rascunho. sim, eu abandonei as canetas —
e já tem tempo. foi inevitável. marcações definitivas demandam certa precisão —
a energia do gesto, a sutileza sensorial e a vitalidade roubada pelo cansaço.

A/C Deus

Deus,
sei não nos falamos há muito tempo...
Sei que tenho andado distante, mas o Senhor também não se aproxima.
Não importa -
há tantas coisas que eu queria Lhe pedir... mas acho isso muita
hipocrisia da minha parte.
Deus, se o Senhor realmente existe,
cure a minha mente insana...
O Senhor não viu que me fabricou com defeito?
Anda logo que ainda dá tempo de consertar.

Por favor, vem logo enaquanto eu ainda acredito.

(In)verdades

Mentir, não é mesmo meu forte

embora eu me arrisque algumas vezes...
Minha visita ao psiquiatra resultou em algumas surpresas...
não para mim, é claro
Pensamentos suicidas? Acho que sempre os tive, acho que os tenho todos os dias.
Mas não há risco, são apenas pensamentos, sou covarde demais
para fazer o que vivi imaginando...
Eu nem sou uma pessoa triste, na verdade, não sou feliz também...
Mas isso não importa, não acredito que tristeza e felicidade sejam condições "fixas" digamos assim, são apenas estados de espírito...
E afinal, eu sofro de Transtorno Bipolar do Humor mesmo, não faria a menor diferença...

Hoje eu estou num bom dia...

hopeless
Pela manhã, fiz algo que há muito não fazia...
Me deixei receber carinho, me senti novamente uma criança, que levanta de manhã e vai para a cama da mãe, com os cabelos sendo afagados, quase entrei em êxtase...
Daí a conversa mudou o rumo, política - um de meus temas prediletos...
foi muito triste ver aquele olhar de desesperança em minha mãe.
"Não sei porque todo esse fervor, essa paixão por política... Você não vai ganhar nada com isso, só vai se decepcionar..." - ela disse.
Sem hessitar eu a respondi sinceramente...
"Mãe, eu preciso acreditar que as coisas vão mudar um dia, mais que isso, eu tenho que fazer a minha parte para essas mudanças acontecerem. Não faço isso por um partido político, ou por algum canidato por que eu tenha simpatia. Faço isso porque acredito que só nos movimentando possamos mudar alguma coisa."

E além do mais... se eu não acreditar que tudo isso é passageiro, que outro sentido eu encontraria???
oscar,
não precisa se despedir — o abandono já basta. olhar nos olhos seria sacrifício demais — e lhe exigiria mentir. além do quê, faltariam palavras, a voz falharia, e tudo ficaria exatamente como está — no parado. por isso, vou facilitar as coisas: abreviar a história, noticiar o céu e engolir, de uma vez, essas verdades inventadas. a seguir, farei qualquer coisa muito intensa como gritar — antes que os vermes cheguem.
juliet,
agora que já sabe que toda dor um dia acaba, larga o cigarro e vem pra perto de mim. me toma pra si e diz que quer cuidar de mim. um sorriso por um beijo? tua alma aflita pede o conforto da minha. minha alma, o abrigo da tua. me dá um milhão de beijos? desejo do cheiro teu no corpo meu. da graça tua. silhueta & espelhamento. doçura & ventania. devaneio.
juliet,
tenho odiado cada vez mais esta solidão acompanhada. e todas as outras. e não se trata de fobia social. ou agouro alheio. deve ser mesmo por culpa das máscaras. troquei a de princesa pela de espantalho. e não é pra isso que servem? funcionou. ao menos é o que parece. todos a minha volta se foram. e pior: parecem felizes com a situação. agora é pelos jornais que sei dos desejos e das vidas compartilhadas. dos finais felizes. esses de ficção: troca de alianças, juras de amor e promessas públicas de altar. só não dão a receita. deve pertencer a alguma seita maldita. ingresso? selar pactos com o demônio. e aí mora a incompatibilidade. você sabe. enlaces com o mal dito não são do meu feitio. prefiro mesmo me abastecer da tua doçura, baby. não demore. pode ser tarde.
juliet,
as soluções humanas não têm resolvido — e o meu repertório parece no fim. é que não sou assim forte como você pensa — e todos têm certeza. acho até que me cansei de bancar a forte/doce, independente/serena, decidida/leve. me empresta agora a tua mão? quero sentir o gosto da fumaça de cigarro na tua boca, registrar o que sobrou da água barrenta nos dedos e tocar de novo o traçado que só ela tem.
charlie,
não sei o que quis dizer com não me levar tão a sério. minhas fantasias são todas reais, baby — orgânicas, falíveis. e, de um jeito ou de outro, existem porque você existiu antes delas — em desejo, em confissão: profusão da carne, incandescência afetiva, turbilhão. porque é bonito e sensato saber que você existe desse jeito em mim — a ponto de me ensinar a gostar de viver.
charlie,
não adianta sumir, navegar pra bem longe, se distanciar daqui —
o mar vai sempre te levar pra perto de mim.
a menos que tudo se acabe, os dias terminem,
e a gente desista disso que você chama de ressaca
e eu prefiro chamar de desejo.
não me deixa aqui sozinha, vai! compensa a espera, a reserva especial, o plano raso da vida. porque agora eu já sei esperar. também aprendi a controlar os sentidos, marchar lento, transformar loucura em leveza — vazio em beleza —, me apaziguar. você me fez assim — quando me colocou de frente pra vida e, sem dizer, me fez ouvir: você não está mais sozinha.
Eu como, rio
Brinco e Pulo

Sento choro
Me canso
e Durmo...
eu sei que a vida tem disso.
por isso é que hoje quero falar ainda menos,
dizer pouco — me calar.
acho que assim a tristeza consegue ser menor
e ir pingando bem devagar —
até alcançar o chão.
melhor do que sair por aí
queimando os outros com palavras cortantes —
eles já têm as suas tristezinhas.
e não quero que pensem que sou egoísta —
porque isso
eu não sou.

Para a pessoa mais insuportavelmente irresistível do mundo...

Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Mais ainda quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar

Confession

Mesmo se eu tentasse explicar

você não entenderia
o meu vazio, a minha vontade
de estar com você.

Você é a minha força,
minha fraqueza.
Eu quero você,
sentir você,
estar com você -
em você.

E de repente tudo acontece,
você não está do meu lado
pra me dizer o que fazer...
Pra eu sentir que você me ama...
Eu apenas...

Eu quero só você,
ninguém mais...

Então diz que também me quer,
pra nós ficarmos bem...

Sentimentos inerentes. chapter six

Entreolhares - Ana Carolina &; Ben Harper


Se ficar assim me olhando,
me querendo, procurando,
não sei não, eu vou me apaixonar!

Eu não tava nem pensando
mas você foi me pegando
e agora não importa aonde vá:
me ganhou, vai ter que me levar!

Você me vê assim do jeito que eu sou
É, e faz de mim
o que bem quer
Eu que sei tão pouco de você!
E eu que teimo em te querer...

You got me

That's where I'll always be
I know you see me just the way I am
But just think of me

What you want me to be
I know you found the moment that we met
It's giving me a love I won't forget
I need you baby, I can't get enough!


Me ganhou, vai ter que me levar...

Sentimentos inerentes. chapter five

Ressentimento, mágoa, amargura, ódio... Sentimentos ruins?

Não seu eu lhe disser o porquê.

Bem antes desses "tempos modernos", quando crianças de 10 anos ainda bricavam de boneca e bolinha de gude, a minha inocência (e suspeito que minha sanidade) foram roubadas de mim, por alquém que eu deveria chamar de avô.
Eu acho que foi por volta dos meus cinco anos a primeira vez que ela colocou a língua dentro da minha boca, lembro-me de ter achado divertido, afinal eu via beijos na tv, e achava o máximo. Pobre criança, não me lembro quando e como as coisas passaram dos "simples beijos" para a minha mão dentro da calça dele...
Acho que o que me serve de consolo hoje, é que ele nunca me tocou. Mas essa moléstias me causaram problemas que serão provavelmente a minha ruína em dividas com um analista qualquer.
Mas eu já tive a minha recompensa.

Quando eu tinha 11 anos, descobriu-se que o velho tinha câncer + fratura posterior na bacia = morte certa. Alguns dias antes dele falecer minha mãe me levou para visitá-lo. Foi a melhor sensação do mundo, vê-lo apodrecendo naquela cama, dependente, moribundo. Mal pude conter um sorriso, abaixei-me e lhe disse ao pé do ouvido: "Seu corpo está igual a minha alma: apodrecido. Que sua morte seja bem dolorosa.". Afastei-me e pedi a minha mãe que me levasse embora dali. Depois de três dias, acho, veio a notícia, e mais uma vez não contive o sorriso.

No enterro ainda fiz uma ceninha, chorando quando cheguei perto do corpo, chorei de imensa felicidade.

Mas ainda sim esse fantasma me atormenta, me faz sentir seu gosto antes de dormir, me faz ter nojo de mim mesma... E ainda me perguntam porque eu tenho problemas com a minha sexualidade :/

Sentimentos inerentes. chapter four

Cansei disso tudo.
De você querendo me dizer o que fazer, como pensar... O que sentir...

Querido, quantas vezes teria eu que dizer? Me machuquei e vou me machucar sempre, porque vivo intensamente, cada minuto, cada segundo, eu me jogo mesmo. A chance é grande de bater com a cabeça no chão né^^

Então pára... De querer se justificar pelo seu jeito, seja quem você é, quem quiser ficar ao seu lado vai ter que se acostumar com você assim...

Agora não tem mais jeito benzinho...


Já pertenço a você, pode até jogar no lixo se quiser...
Eu sei o caminho de volta.

Sentimentos inerentes. chapter three

É inevitável... Quando recobramos a consciência já é tarde demais. Esse sentimento nos domina, subjuga, nos transforma... E nem sempre esta mudança é para melhor.
De que eu estou falando? De amor é claro, ou melhor, de paixão... Amor não tem nada a ver com isso.

Sempre evitei  me aproximar de pessoas com as quais o sentimentos pudessem se tornar mais fortes que uma simples amizade, mas não teve jeito, um dia, simplesmente aconteceu...

Por um lado, não me arrependo de ter sucumbido à paixão, foram os meses mais alegres da minha vida... Mas por outro, a rejeição sempre chega depois que você desfaz as malas. E aquele foi jum golpe que achei que não suportaria, mas suportei.
Mesmo tendo os sonhos destruídos por aquele que eu trouxe para minha vida, para minha casa, para quem eu contei todas as minhas verdades, os meus segredos... Aquele que preferiu a mentira a um simples não...

Ele me machucou demais, me fez deixar de acreditar... de novo.

Isso ainda dói demais.

Nada mais.

Sentimentos inerentes. chapter two

Demorou muito para que eu aprendesse a lidar com este sentimento tão comum a mim, mas tão confuso. Por vezes a raiva fluia em mim livremente, funcionando quase como um campo de força, afastando de mim todas as pessoas com as quais eu me importava.


O pior é que eu sabia exatamente o que estava fazendo (e dizendo principalmente), mas eu sempre senti um certo prazer mórbido em saber as palavras exatas que ferem, cortam e fazem sangrar.

Mas sabe qual o resutado disso tudo?

Hoje eu sou uma pessoa sozinha, ou melhor, solitária, mal consigo manter minhas relações virtuais.

Eu achei que quisesse alguém ao meu lado, um amigo, um namorado, um alguém... Mas eu descobri que me acostumei a essa solidão, mais, eu até gosto. Não confio mesmo nas pessoas, elas mentem e machucam sem pensar, porque eu iria querer elas por perto?

A raiva algumas vezes ainda me visita, e aí sai de baixo... sofre que estiver por perto, é tão estranho, eu sei o que faço, mas não tenho a menor vontade de impedir. Como já disse antes, isso me dá muito prazer. Surtar é o que há.

À propósito, se estiver perto de mim e eu mandar você sumir, suma se não quiser se machucar^^

Sentimentos inerentes. chapter one

Desde muito cedo fomos ensinados que sentir raiva é errado e precisamos a todo custo erradicar este sentimento de nossas vidas. Que o certo é engolir todas as injustiças e dar a outra face para bater.


Em teoria as pessoas acham isso lindo, mas no momento em que somos traídos, rejeitados, preteridos, prejudicados, tendo nossos mais caros sentimentos machucados, torna-se difícil agir desta forma.

A indgnação surge forte, trazendo ideias de confronto.

A lembrança do fato desagradável permanece viva, atormentando a mente e pensamentos dramáticos de reação violenta trazem a vontade de destruir as pessoas que nos ofenderam ou machucaram.

Mas a solução não é por aí.

Por outro lado, acovardar-se sufocando qualquer reação é desvalorizar-se diante do próprio conceito e sentir-se fracassado. Então, como lidar com esse sentimento?

Não dá pra ignorá-lo, mas é preciso saber usá-lo.

A indignação justa é sempre útil se usada com inteligência.

Biscoito da Sorte

Não quero tudo de você
Não preciso de tanto
Desde cedo me acostumei com o pouco que sempre recebi
Não faz assim...
Para com isso

Deixa eu tentar ficar ao seu lado

Sem mais nem poréns

É assim que eu gosto de você
mal-humorado, falso
corrupto...
Bêbado nem tanto,
mas tanto faz...

Gosto de você pelo que você é;
simples assim...


Me deixa, vai...
Desculpa eu ser assim tão chata,
assim tão eu...
Mas é que você não sabe o quanto eu
me preocupo com você, o quanto eu te
quero bem...

Me perdoe por tomar seu tempo
roubar a sua falta de tranquilidade...

Ai, ai
é que você roubou minha solidão...
Me devolve?
Pra eu poder seguir a minha vida em paz...

Acho que seria melhor assim...

:/
Cansada de tudo
...
cansada de vc
...
e dessa sua mania de querer esquecer.

Você é perfeito assim
com seus defeitos
e manias ruins.

Para com isso
chega de história
nenhuma garrafa vai te
trazer conforto...
Você é mesmo um tonto
eu aqui pra você
e você nem aí pra nada
...


E mesmo assim eu te amo

Cansada de mim
love,
dissolve logo essa tristeza —
despeja tudo num balde com água.
não há respostas para certas perguntas —
é simples. a menos que queira inventá-las —
eu me ofereço... que tal?
na esfera afetiva, as respostas se apresentam diluídas —
é preciso juntar os fragmentos [uma palavra não dita,
uma ligação fora de hora, um descompasso, duas certezas].
E assim eu continuo

com meu coração largado às traças
se corroendo
pedaço a pedaço

Eu continuo
sem você aqui
...

Que saudade meu amigo
que saudade
Que vontade meu amigo
vontade de me perder no seu abraço
afagar minha tristeza no seu colo

Benzinho
cadê você
que não está aqui? -
pra me acalentar.
Pra me dizer
que vai ficar tudo bem

Eu te amo
baby,
e mais que nunca...
Sinto sua falta

Carta ao meu amigo imaginário...

Críticas são sempre construtivas, mesmo que a princípio não consigamos enxergá-las assim, basta analisá-las por diferentes perspectivas. Mas há um porém que não se evidencia. Criticar é direito de quem faz melhor.


Há muito eu havia percebido que minhas construções literárias não me causavam o impacto que eu esperava. Minha preocupação com a beleza estética tirava toda a beleza e vida de tudo que eu escrevia.

Uma fase eu já ultrapassara: o reconhecimento. Mas de que adianta reconhecer o erro se não há intenção de mudança?

O esteticismo se sobrepunha ao conteúdo. Uma forma de proteção? Resguardo?

Aposto mais em covardia, medo, insegurança.
Sentimentos mais comuns à minha pessoa.

Ich bin ausgeflippt. Ernsthaft.

Eu estou surtando.
Falo sério.
A cada esquina
cada passo
cada olhar -
ich denke, ich werde mich umbringen
Sinto um vazio
(im)preenchível
Uma vontade de gritar
Je crois que je vais me tuer 
Preciso sair
preciso mudar
tomar um ar 
Watashi wa jibun jishin o korosu to omou. 
lá vai ela. jovem, bêbeba e bela. já não sabe se fez bem em largar tudo. já tem dúvida se lhe sobra alguma hombridade. ainda ontem, desistiu de querer ser amada. ainda hoje, abriu mão de querer voltar pra casa no fim do dia e ter um ombro em que deitar a cabeça cansada, o corpo cansado, a vida cansada. porque a morte é bem esse sol de trevas que não sabe se termina ou começa todos os dias.
Minhas lágrimas não caem mais,
Eu já me transformei em pó
E os meus gritos não se escutam mais
Estão na direção do Sol
Meu futuro não me assusta ou faz
Correr pra desprender o nó
Que me amarra a garganta e traz
O vazio de viver só...

Se alguém encontrou um sentido para a vida, chorou
Por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo transformando o silencio que até então é mudo
Naquela canção,
que parece encontrar a razão
Mas que ao final se cala frente ao tempo que não para frente a nossa lucidez.
Eu queria ter ainda
aquela facilidade costumeira
a fluidez que eu sempre aspirei
As palavras me fogem
assim como os amores cismam
em escapar pelos meus dedos
abandonando
sem qualquer cerimônia
meu já abandonado
coração


"Enquanto as minhas lágrimas escorrem"
"Você esteve com meu bem? O que foi que ela falou?"


Eu simplesmente não aceito ficar parada
de braços cruzados...
Sem você aqui
meu mundo não tem graça
EU SINTO A SUA FALTA
Preciso de você aqui
esteja como estiver

Me dói saber
que vc não sentiria o mesmo por mim
marujo,
como todo bom capitão afundei junto com nosso amor
e você ficaria espantado ao saber quanta
coisa o mar esconde - a saudade é inevitável -
mesmo que a tripulação não seja mais a mesma
e que estejamos velejando por outros mares.
abra os olhos às surpresas do oceano; que ele
nos leve a águas mais tranquilas.
darling,
acho incrível a minha inutilidade;
há tantas pessoas que eu amo
e não consigo sequer fazê-las sorrirem;
me sinto completamente sem propósito.
Não tenho estado feliz já faz algum tempo
e - quase - nada me faz sorrir.
h.
darling,
estou cansada da vida -
cansada de lutar contra algo que me consome;
cansada de procurar a vida de que tanto ouço falar.
tenho pensado em desistir;
mas é tão difícil
há tanta coisa em jogo.
a vida - ai, essa tal vida
vida que desconheço; meu bem
ai,ai
simplesmente
empty.
darling,
quem dera eu ainda tivesse
aquela doce inocência de criança.
os olhares divertidos - despreocupados
a ingenuidade.
a gente cai no mundo -
e seja o que se fizer de nós.
darling;
as palavras fogem -
e os meus anseios se resumem ao medo.
de não suficiente - não ter nada
a oferecer - incompleta
desintessante - crua.
'Our love is rare
Life is strange
Nothing lasts
People change'
você é alguém -
dentro do meu coração
despedaçado.
darling,
tenho estado bem in ultimamente -
incompreendida
inconstante
icuravelmente apaixonada;
indubitavelmente culpa sua.
 darling,
eu prometi sinceridade;
não há nada mais sincero que a honestidade.
Estou apenas - esperando...
Caminhando ao lado de niguém -
rumo a lugar nenhum.
darling,
chega a ser curiosa a ingênuidade e estupidez
de ser um corpo boiando em hormônios com flores em volta -
felicidade é um objetivo distante e obstante -
sempre há outra alternativa, meu bem
Embora essa esteja muito além do meu alcance.
Se eu te olhar assim;
de relance -
Toda minha resistência
terá sido vã.

Eu para Você

Você sabe, disseram que eu nunca poderia amar ninguém
Porém quando eu conheci você, tão receosa,
Eu finalmente observei o que aquilo significou.
Se a única razão para nos encontrarmos era ferirmos um ao outro,
É tal vergonha.
Eu quero dizer para você de meu coração
Tudo que eu realmente quero, é conhecer quem você realmente é.
Você ainda ri inábil
Porque a tristeza ainda veste você melhor.
Se eu nasci apenas para conhecer você,
Eu quero saber se eu posso mudar aquilo,
Eu quero dizer para você de meu coração,
Nós podemos ter ferido um ao outro mas,
Ainda há tempo.
Eu amo você com todo meu coração,
Eu quero tirar a dor que faz você cair
Eu para você.
Eu quero dizer para você de meu coração
Eu sempre quero ver você sorrindo
Eu amo você com todo meu coração

Eu quero recolher a luz que chove sobre você
Eu para você.