Sentimentos inerentes. chapter six

Entreolhares - Ana Carolina &; Ben Harper


Se ficar assim me olhando,
me querendo, procurando,
não sei não, eu vou me apaixonar!

Eu não tava nem pensando
mas você foi me pegando
e agora não importa aonde vá:
me ganhou, vai ter que me levar!

Você me vê assim do jeito que eu sou
É, e faz de mim
o que bem quer
Eu que sei tão pouco de você!
E eu que teimo em te querer...

You got me

That's where I'll always be
I know you see me just the way I am
But just think of me

What you want me to be
I know you found the moment that we met
It's giving me a love I won't forget
I need you baby, I can't get enough!


Me ganhou, vai ter que me levar...

Sentimentos inerentes. chapter five

Ressentimento, mágoa, amargura, ódio... Sentimentos ruins?

Não seu eu lhe disser o porquê.

Bem antes desses "tempos modernos", quando crianças de 10 anos ainda bricavam de boneca e bolinha de gude, a minha inocência (e suspeito que minha sanidade) foram roubadas de mim, por alquém que eu deveria chamar de avô.
Eu acho que foi por volta dos meus cinco anos a primeira vez que ela colocou a língua dentro da minha boca, lembro-me de ter achado divertido, afinal eu via beijos na tv, e achava o máximo. Pobre criança, não me lembro quando e como as coisas passaram dos "simples beijos" para a minha mão dentro da calça dele...
Acho que o que me serve de consolo hoje, é que ele nunca me tocou. Mas essa moléstias me causaram problemas que serão provavelmente a minha ruína em dividas com um analista qualquer.
Mas eu já tive a minha recompensa.

Quando eu tinha 11 anos, descobriu-se que o velho tinha câncer + fratura posterior na bacia = morte certa. Alguns dias antes dele falecer minha mãe me levou para visitá-lo. Foi a melhor sensação do mundo, vê-lo apodrecendo naquela cama, dependente, moribundo. Mal pude conter um sorriso, abaixei-me e lhe disse ao pé do ouvido: "Seu corpo está igual a minha alma: apodrecido. Que sua morte seja bem dolorosa.". Afastei-me e pedi a minha mãe que me levasse embora dali. Depois de três dias, acho, veio a notícia, e mais uma vez não contive o sorriso.

No enterro ainda fiz uma ceninha, chorando quando cheguei perto do corpo, chorei de imensa felicidade.

Mas ainda sim esse fantasma me atormenta, me faz sentir seu gosto antes de dormir, me faz ter nojo de mim mesma... E ainda me perguntam porque eu tenho problemas com a minha sexualidade :/

Sentimentos inerentes. chapter four

Cansei disso tudo.
De você querendo me dizer o que fazer, como pensar... O que sentir...

Querido, quantas vezes teria eu que dizer? Me machuquei e vou me machucar sempre, porque vivo intensamente, cada minuto, cada segundo, eu me jogo mesmo. A chance é grande de bater com a cabeça no chão né^^

Então pára... De querer se justificar pelo seu jeito, seja quem você é, quem quiser ficar ao seu lado vai ter que se acostumar com você assim...

Agora não tem mais jeito benzinho...


Já pertenço a você, pode até jogar no lixo se quiser...
Eu sei o caminho de volta.

Sentimentos inerentes. chapter three

É inevitável... Quando recobramos a consciência já é tarde demais. Esse sentimento nos domina, subjuga, nos transforma... E nem sempre esta mudança é para melhor.
De que eu estou falando? De amor é claro, ou melhor, de paixão... Amor não tem nada a ver com isso.

Sempre evitei  me aproximar de pessoas com as quais o sentimentos pudessem se tornar mais fortes que uma simples amizade, mas não teve jeito, um dia, simplesmente aconteceu...

Por um lado, não me arrependo de ter sucumbido à paixão, foram os meses mais alegres da minha vida... Mas por outro, a rejeição sempre chega depois que você desfaz as malas. E aquele foi jum golpe que achei que não suportaria, mas suportei.
Mesmo tendo os sonhos destruídos por aquele que eu trouxe para minha vida, para minha casa, para quem eu contei todas as minhas verdades, os meus segredos... Aquele que preferiu a mentira a um simples não...

Ele me machucou demais, me fez deixar de acreditar... de novo.

Isso ainda dói demais.

Nada mais.

Sentimentos inerentes. chapter two

Demorou muito para que eu aprendesse a lidar com este sentimento tão comum a mim, mas tão confuso. Por vezes a raiva fluia em mim livremente, funcionando quase como um campo de força, afastando de mim todas as pessoas com as quais eu me importava.


O pior é que eu sabia exatamente o que estava fazendo (e dizendo principalmente), mas eu sempre senti um certo prazer mórbido em saber as palavras exatas que ferem, cortam e fazem sangrar.

Mas sabe qual o resutado disso tudo?

Hoje eu sou uma pessoa sozinha, ou melhor, solitária, mal consigo manter minhas relações virtuais.

Eu achei que quisesse alguém ao meu lado, um amigo, um namorado, um alguém... Mas eu descobri que me acostumei a essa solidão, mais, eu até gosto. Não confio mesmo nas pessoas, elas mentem e machucam sem pensar, porque eu iria querer elas por perto?

A raiva algumas vezes ainda me visita, e aí sai de baixo... sofre que estiver por perto, é tão estranho, eu sei o que faço, mas não tenho a menor vontade de impedir. Como já disse antes, isso me dá muito prazer. Surtar é o que há.

À propósito, se estiver perto de mim e eu mandar você sumir, suma se não quiser se machucar^^

Sentimentos inerentes. chapter one

Desde muito cedo fomos ensinados que sentir raiva é errado e precisamos a todo custo erradicar este sentimento de nossas vidas. Que o certo é engolir todas as injustiças e dar a outra face para bater.


Em teoria as pessoas acham isso lindo, mas no momento em que somos traídos, rejeitados, preteridos, prejudicados, tendo nossos mais caros sentimentos machucados, torna-se difícil agir desta forma.

A indgnação surge forte, trazendo ideias de confronto.

A lembrança do fato desagradável permanece viva, atormentando a mente e pensamentos dramáticos de reação violenta trazem a vontade de destruir as pessoas que nos ofenderam ou machucaram.

Mas a solução não é por aí.

Por outro lado, acovardar-se sufocando qualquer reação é desvalorizar-se diante do próprio conceito e sentir-se fracassado. Então, como lidar com esse sentimento?

Não dá pra ignorá-lo, mas é preciso saber usá-lo.

A indignação justa é sempre útil se usada com inteligência.

Biscoito da Sorte

Não quero tudo de você
Não preciso de tanto
Desde cedo me acostumei com o pouco que sempre recebi
Não faz assim...
Para com isso

Deixa eu tentar ficar ao seu lado

Sem mais nem poréns

É assim que eu gosto de você
mal-humorado, falso
corrupto...
Bêbado nem tanto,
mas tanto faz...

Gosto de você pelo que você é;
simples assim...


Me deixa, vai...
Desculpa eu ser assim tão chata,
assim tão eu...
Mas é que você não sabe o quanto eu
me preocupo com você, o quanto eu te
quero bem...

Me perdoe por tomar seu tempo
roubar a sua falta de tranquilidade...

Ai, ai
é que você roubou minha solidão...
Me devolve?
Pra eu poder seguir a minha vida em paz...

Acho que seria melhor assim...

:/
Cansada de tudo
...
cansada de vc
...
e dessa sua mania de querer esquecer.

Você é perfeito assim
com seus defeitos
e manias ruins.

Para com isso
chega de história
nenhuma garrafa vai te
trazer conforto...
Você é mesmo um tonto
eu aqui pra você
e você nem aí pra nada
...


E mesmo assim eu te amo

Cansada de mim